A força da irreverência

Vamos ser diretos. O mundo, em geral, é chato.

Passamos a maior parte da vida alternando entre trabalho incessante e sono insuficiente, entremeados por uma rotina de coisas a fazer que, em geral, preferiríamos não fazer. No meio do caminho, pequenos mergulhos em diminutos prazeres, como um cupcake ou rodar pelas fotos do Instagram (e procurar fotos de cupcakes).

Mas de vez em quando a entediante rotina é quebrada por uma poderosa – e ainda assim negligenciada – força: a irreverência.

O mundo precisa de pessoas irreverentes. Pessoas que ousem ser ou fazer aquilo que querem, e não aquilo que se espera. A quebra de paradigmas é fundamental para nos lembrar, a todos nós, que a espécie humana chegou aonde chegou fazendo algo além do que o instinto de manada sugeria, ainda que vivamos em manadas até hoje.

É mais comum achar irreverentes entre os artistas, uma classe que já vem com a provocação embutida na placa-mãe. Mas eles não são os únicos, e tampouco têm exclusividade nesse assunto. A força da irreverência é um bem comum que todos podem aproveitar, mesmo que só de vez em quando.

Mas, e você? Você se considere um(a) irreverente, ainda que eventualmente?

Se sim, parabéns, e obrigado por chacoalhar a mesmice. Mas se acha que não é, mas gostaria de tentar, experimente esses pequenos exercícios e veja como se sente.

  • Use um pé de meia diferente do outro (e veja se alguém repara)
  • Comece a refeição pela sobremesa (se o mundo acabar antes do fim do almoço, terá valido a pena)
  • Dê nomes para os objetos de sua casa (e veja se se sente mais próximo de algum deles)
  • Radicalize no corte e na cor do cabelo (em caso de desastre, ele cresce)
  • Procure pensamentos incomuns, bizarros ou engraçados (e divida-os como os outros)

A força da irreverência pode ser uma ferramenta libertadora. Mas, se achar que não é para você, tudo bem. Existem muitos tipos de força. E uma com certeza será a sua cara.