A força da paixão (não, não é uma novela)
Este artigo não fala de uma nova novela do horário nobre. Sequer fala de uma ardente relação amorosa. A paixão do nosso título é uma atividade que você gosta muito de fazer. Seja ela qual for.
Dedicar seu tempo, seu trabalho ou seu suor (ou todos) a uma atividade específica é uma força motriz para sua vida. E não importa muito o que você faz: trabalho voluntário, aprendizado de idioma, malhação na academia… vale tudo se é feito com paixão.
Isso porque aquilo que se faz apaixonadamente envolve uma dose alta de sentimento, de emoção. E isso está na etimologia da própria palavra. Paixão vem do latim passio (-onis), e significa, literalmente, “passividade” ou “sofrimento” e definia aquele estado largado que uma pessoa profundamente enamorada fica. Indo mais além, a raiz grega é pathos, que significa “doença”.
Se para os antigos a paixão era sinônimo de dor e sofrimento, a evolução do termo levou ao significado atual de “sentimento intenso”, não necessariamente ruim. Embora os enamorados de hoje continuem com caras de bobo. E essa volúpia, esse arroubo emocional é o que gera a força do título do artigo.
Você pode achar que não tem essa força dentro de você. Mas se você se dedica a uma atividade, saiba que sim, você tem. Muitos desistem pelo caminho, mesmo das coisas que mais gostam, mas você continua apaixonada, insistindo e realizando, mesmo quando o cansaço, a chuva ou os críticos caem na sua cabeça. Contra tudo e contra todos, você continua, dia após dia. Não porque você precisa, mas porque você quer.
Sem perceber, essa iniciativa inflamada inspira os outros a sua volta. Amigos surgem, compartilhando a mesma paixão, e juntos vocês inspiram outros tantos. E, quando você menos espera, verá que mudou um pedacinho do mundo. Apaixonadamente.