Médicos e manipulação, receita de sucesso
Cada dia mais os médicos têm descoberto que a manipulação de receitas é um excelente caminho para atender melhor aos seus clientes. Mas muita gente ainda não entende exatamente por que é melhor manipular. Afinal, qual a grande vantagem? Não é muito mais fácil ir em uma farmácia da esquina e comprar logo o que precisa?
Vamos começar por aí. A farmácia de cada esquina. É claro que ela tem seu valor. Se seu filho está com febre alta, você não vai buscar uma receita de antitérmico e mandar manipular. Você precisa de ação rápida, e a ajuda está na esquina, na farmácia. O mesmo vale para um corte no pé, uma dor de cabeça. Do Band-Aid ao paracetamol, a ajuda está ali, acessível.
Porém, quantos produtos há em uma farmácia? Centenas? Milhares? E quantos você precisa em uma situação urgente? Uma dúzia? E todo o resto…?
Todo o resto são produtos de beleza, higiene pessoal, cuidados com a pele e vários medicamentos de uso contínuo ou específico, para tratamentos não emergenciais. Para tudo isso, a manipulação é uma opção. E é isso que os médicos têm percebido.
Um médico estudioso sabe o que um determinado remédio contém, e o que ele faz e deixa de fazer. Receitar algo pronto significa abraçar os prós e os contras, tal como se apresentam. Mas, manipulando, o médico pode diminuir ou até eliminar os contras, enquanto mantém ou até aumenta os prós.
Essa diferença fica explícita nos dermocosméticos capilares. Nas prateleiras das farmácias da esquina há inúmeros shampoos, para diferentes tipos de cabelos. Mas um shampoo para cabelos secos não sabe por que seu cabelo está seco. E pode ser por diversos motivos. Mas uma médica especializada sabe. E sabe qual princípio ativo vai funcionar no seu cabelo seco. E mais: ela sabe dizer quais outros produtos podem ajudar no processo – um pré-shampoo? Um mist capilar? Pense assim: o que você prefere? Algo feito sob medida para você, ou algo produzido para funcionar (parcialmente) em um milhão de cabeças?
No que diz respeito aos medicamentos de uso contínuo ou para tratamentos específicos, manipular também traz vantagens, como vem descobrindo os médicos. A primeira é a possibilidade de afinar a fórmula ao paciente, personalizando a mistura para aumentar a resposta ou diminuir reações adversas. Manipulando, também é possível combinar tratamentos e, em vez de diversos comprimidos, o paciente toma um ou dois apenas. E – aspecto importante – manipular não costuma ser mais caro do que um remédio pronto. Às vezes é até mais barato. A saúde do bolso agradece.