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Peixe unissex, peixe apagado e o armarinho de remédios

 

Sabe seu armarinho de remédios? Você precisa tirar um tempo para revisá-lo. Vamos contar o porquê. Mas antes, veja duas histórias de peixe.

Primeira história: em uma localidade da Inglaterra os peixes de um rio nascem sem sexo. E, conforme se desenvolvem, se transformam em machos ou fêmeas, de acordo com a necessidade do grupo. Parece estranho, mas na verdade é um engenhoso artifício da natureza para garantir a preservação da espécie.

Porém, os cientistas que monitoravam o local perceberam que, misteriosamente, todos os peixes estavam se desenvolvendo como fêmeas – o que era uma ameaça real à reprodução da colônia.

Segunda história: em outras localidades, organismos aquáticos (Vibrio fischeri e H. azteca) possuem bioluminescência – a capacidade de brilharem no escuro. Certamente você já viu algum desse tipo em aquários. Porém, subitamente eles ‘apagaram’ – deixando de emitir seu brilho característico.

Consegue imaginar o que aconteceu nos dois casos? Dica: é aqui que entra seu armarinho de remédios.

Ao investigar os dois casos, os cientistas chegaram a uma mesma conclusão. A água na qual os peixes nadavam estava contaminada por elementos químicos. No caso dos peixes unissex, a contaminação era por estradiol, um hormônio ligado ao desenvolvimento de características femininas. No caso dos organismos apagados, a contaminação era por fluoxetina, um conhecido antidepressivo que, ali, deprimia o brilho natural das pobres criaturas.

Mas como as águas se contaminaram com esses elementos?

Nos dois exemplos, a contaminação aconteceu da mesma forma, através do descarte inadequado de remédios.

Se você joga remédios vencidos no lixo comum, eles serão enviados para um aterro sanitário. Com a chuva, eles se dissolvem e se infiltram na terra, até alcançar o lençol freático que alimenta os rios. Essa água, contaminada, é o habitat dos peixes, que acabam pagando o pato pelo descarte mal feito.

Ou seja, lugar de remédio vencido NÃO é no lixo. Eles devem ser devolvidos para serem descartados da forma correta. E as farmácias já dispõem de recipientes próprios para esse fim.

Então, revise seu armarinho de remédios, e separe todos os medicamentos vencidos. É perigoso usá-los, e igualmente perigoso jogá-los no lixo doméstico. Descarte da forma correta e faça sua parte. Os peixinhos agradecem.

Pedalando, preservando… e entregando

Qualquer pessoa que já assumiu um compromisso de vida sabe que é duro remar contra a maré. Há muitos caminhos fáceis para fazer as coisas e, quase sempre, não são os melhores do ponto de vista ecológico. Vamos entender se você nem sempre conseguir manter os seus princípios. Mas vamos te aplaudir sempre que você conseguir fazer algo – ainda que pequeno – pelo planeta e pelo futuro de todos.

Aqui na FarmaAssist nós também acreditamos no poder das pequenas coisas e como muitas delas fazem uma diferença. É o caso das entregas com bike. Se você mandar manipular sua receita com a FarmaAssist, e estiver a um raio de 10 km de nossa farmácia, é provável que sua entrega seja feita por alguém que pedala.

É legal, mas fica melhor. Nossos entregadores-ciclistas são, na verdade, atletas. Jovens que tem o ciclismo como esporte e que precisam treinar. Mas também precisam ganhar a vida. Entregando os nossos produtos, eles juntam o útil ao agradável, treinando diariamente enquanto ganham algum dinheiro.

Mais ainda: uma entrega feita em bike é evidentemente mais ecológica, já que não despeja o CO2 de um motor a combustão em nossa atmosfera. Pode não parecer grande coisa – afinal, são só três ou quatro bicicletas – mas é alguma coisa. E é, também, um exemplo. Se toda farmácia adotasse a mesma política, quantas toneladas de dióxido de carbono deixariam de ser emitidas?

Um sonho? Talvez. Nós mesmos não conseguimos fazer apenas entregas 100% livres de pegada de carbono – além dos 10Km de distância, precisamos usar outros meios. Mas estamos insistindo – e vamos continuar a insistir – em fazer a coisa certa, sempre que possível. Até que o possível seja sempre.