Como sua beleza pode sobreviver à publicidade
Em um post anterior, falamos de beleza de uso e beleza de troca, e de como essa última é explorada pela publicidade. Talvez valha a pena falar um pouco mais de como os homens e mulheres de marketing forçam os padrões de beleza para cima – tão alto que fica difícil alcançar.
Primeiro, uma afirmação óbvia. Todo mundo gosta do que é bonito – especialmente pessoas. E todo mundo gosta de se sentir bonita. Não há nada de errado com as duas coisas. Mas, afinal, o que é bonito (ou bonita)?
Beleza é um dos conceitos mais subjetivos que existem, e pode variar tremendamente de país a país, de estado a estado, de cidade a cidade e de pessoa a pessoa. Mas, dentro de um determinado grupo social, a beleza-padrão é sempre conhecida. Ela absorve elementos dos indivíduos, mistura fatores relacionais e resulta em um belo que faz sentido para aquelas pessoas. Beleza é, de certa forma, um processo sociológico.
É aqui que a publicidade se insinua, insidiosamente.
Profissionais do marketing e das comunicações são treinados para interferir nessa dinâmica social, apresentando elementos de beleza associados a uma suposta (e geralmente inexistente) aprovação social. “Se você quer ser aceita, deve ter esse padrão de beleza”. Propositadamente, a referência é elevada a um patamar muito alto, praticamente inatingível. E assim está posto o problema. Agora só falta vender a solução.
E a solução é sempre o produto – um shampoo, um cosmético, um remédio. Compre, e você alcançará o nirvana da aceitação social. Um esquema que vem funcionando desde que o mundo é mundo – mas com maior requinte nos últimos cem anos.
Para escapar dessa armadilha, leia nosso post e descubra o conceito de beleza de uso. Vai ajudar você a ficar mais esperta com a conversa dos marqueteiros. E quando quiser um produto para realmente ajudar sua beleza – de uso ou de troca – considere dermocosméticos de manipulação receitados por uma médica especializada. Ela sim vai ter a fórmula perfeita para você. Não um publicitário.